O iFood está em tratativas avançadas para adquirir a Alelo — controlada por Bradesco e Banco do Brasil — por valores que podem chegar a R$ 5 a 6 bilhões, em um movimento que pode reposicionar a empresa como líder também no setor de benefícios corporativos.

A aquisição agregaria à base do iFood mais de 6 milhões de usuários, ampliando sua atuação além do delivery para vales-refeição, alimentação e mobilidade. Atualmente, o iFood Benefícios atende cerca de 600 mil clientes, mas a compra da Alelo elevaria sua participação de mercado de forma expressiva.

Com receitas da Alelo estimadas em R$ 2,9 bilhões em 2024, e um mercado de benefícios que movimenta entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões por ano, o negócio apresenta sinergias claras para o iFood: ampliar canais corporativos e integrar dados entre plataformas.

Apesar de a negociação já estar em estágio avançado, tanto o iFood quanto os controladores da Alelo afirmaram não ter recebido nenhuma proposta formal. A operação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), diante de um mercado que já é altamente concentrado entre Alelo, Ticket, VR e Pluxee.

Especialistas avaliam que a fusão pode desencadear uma reação da concorrência, que já estuda recorrer a órgãos reguladores para evitar o que seria uma consolidação excessiva do setor. A Prosus, controladora do iFood, busca com esse movimento equilibrar suas receitas entre delivery e serviços financeiros até o final da década.