Na última quarta‑feira (30 de julho de 2025), o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva instituindo tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, com vigência a partir de 6 de agosto. No entanto, uma lista de 694 exceções exime do tributo setores como aviação, petróleo e suco de laranja.

A nova alíquota soma os 10% já vigentes desde abril com os 40% adicionais anunciados no início de julho. A justificativa oficial alega que o Brasil representa uma “ameaça nacional extraordinária” à economia e segurança dos EUA, com menção a medidas regulatórias brasileiras e decisões do STF.

Entre os produtos poupados da taxação estão aeronaves, petróleo bruto, suco de laranja (inclusive em várias formas), celulose, carvão, fertilizantes, castanhas-do-pará, além de metais e outras commodities específicas.

Embora amenize o impacto imediato, a lista de isenções gera críticas: setores de maior valor agregado, como manufatura e tecnologia, permanecem sujeitos à tarifa cheia, o que pode aprofundar os desafios econômicos. No agronegócio, mesmo com algumas exceções, produtores de café e suco de laranja enfrentam incertezas e queda de preço no mercado externo.

Estudos indicam que as tarifas podem custar até US$ 2.400 por ano às famílias americanas, reduzir o PIB dos EUA em 0,7% e aumentar o desemprego. Analistas destacam que, diante de repercussões negativas, Trump costuma recuar — prática já apelidada de “TACO Trump” (Trump Always Chickens Out) nos bastidores de Washington.