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Barueri ,07/05/2025

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    Ricardo Nunes enfrenta pressão na Câmara sobre mototáxis

    Proibição municipal do serviço provoca reações de empresas, vereadores e população


    Ricardo Nunes enfrenta pressão na Câmara sobre mototáxis

    No primeiro mês de seu segundo mandato, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), enfrenta um intenso embate judicial e político envolvendo a proibição do serviço de mototáxis na cidade. Apesar do decreto de 2023 que veta a prática, empresas como 99 e Uber retomaram a oferta do serviço, desafiando a legislação municipal.

    A 99, que declarou realizar 30 mil corridas diárias com o 99Moto, argumenta que a legislação federal permite à prefeitura apenas regulamentar e fiscalizar, não proibir o serviço. Em resposta, a administração municipal intensificou blitzes, apreendeu motocicletas e aplicou multas, enquanto uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a suspensão. Nunes reforçou sua posição citando o aumento de mortes e internações de motociclistas: entre 2023 e 2024, os óbitos subiram de 403 para 483, e os acidentes com internação, de 3.432 para 3.744.

    No entanto, o impasse extrapolou as questões legais e chegou ao Legislativo paulistano. Parlamentares como Kenji Palumbo (Podemos) e Lucas Pavanato (PL) propuseram projetos para derrubar a proibição e regulamentar o serviço. Pavanato criticou as multas de R$ 7.100,67 aplicadas a motociclistas, alegando que a prefeitura deveria apoiar trabalhadores em vez de penalizá-los. Por outro lado, a base governista, liderada por Marcelo Messias (MDB), defende a manutenção da proibição até que os índices de mortalidade no trânsito sejam reduzidos.

    O debate também expôs divisões ideológicas. Pavanato afirmou que a direita tende a apoiar a regulamentação, enquanto a esquerda enfrenta um dilema entre defender trabalhadores e criticar os aplicativos. Apesar disso, a vereadora Amanda Paschoal (PSOL) destacou que o tema será prioridade no início dos trabalhos legislativos.

    Enquanto o clima de divergência persiste na Câmara, aliados do prefeito argumentam que o diálogo é essencial para garantir segurança no trânsito e estabelecer regras claras para o serviço de mototáxis na cidade.




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